terça-feira, 20 de novembro de 2012

Trilogia Cinquenta Tons de Cinza




Ah, eu sei. Eu sei exatamente o que você está pensando. Acredite em mim. Mas... eu nem ligo, porque eu vim aqui falar dessa trilogia com a maior humildade do mundo.

Para começar, devo dizer que não ia ler o livro, mas os acontecimentos diários na minha vida me fizeram repensar na minha decisão e acabei que li toda a trilogia. Já faz um tempinho que eu li, mas vim aqui assim que consegui para falar sobre ela.

Na verdade, essa postagem será focada apenas no primeiro livro, porque quero poupá-los dos spoilers referente à continuação.

Então vamos lá. A trilogia 50 tons é composta por três livros escritos pela britânica E. L. James:

1.      Cinquenta tons de cinza (Fifty Shades of Grey)
2.      Cinquenta tons mais escuros (Fifty Shades Darker)
3.      Cinquenta tons de liberdade (Fifty Shades Freed)

Mas nem tudo começou assim... não mesmo. Antes de virar uma série de livros de sucesso, isso era uma... fanfiction! Eu sou uma assídua fã de fanfics (escrevo e leio), mas acho que é importante explicar aqui o que é.

Segundo o wikipedia, “fanfic é a abreviação do termo em inglês fan fiction, ou seja, "ficção criada por fãs", mas que também pode ser chamada do Fic. Trata-se de contos ou romances escritos por terceiros, não fazendo parte do enredo oficial dos animes, séries, mangás, livros, filmes ou história em quadrinhos que faz referência, ou uma história inventada por eles.” Traduzindo, são histórias que os fãs escrevem sobre uma banda, um filme, uma série de livros, etc e tal.

Cinquenta tons de cinza surgiu como uma fanfic da saga Crepúsculo no site fanfiction.net. Ela se chamava “Master of the Universe” (Mestre do Universo) e tinha como personagens o pessoal de Twilight: Edward Cullen, Isabella Swan e por aí vocês já podem imaginar. Sim, eu sei que parece estranho, porque se você for pensar a história do livro não bate com a história de Crepúsculo, mas isso porque a fanfic era considerada como uma AU – Alternative Universe (ou, em português, Universo Alternativo).

Mas isso aqui não é o foco da postagem. Eu sei que tem um pessoal que não gosta e fala mal, mas eu estou aqui para pelo menos tentar explicar um pouco sobre a história e a minha opinião acerca do assunto.



Duas palavras para esse livro: Romance. Erótico. Não exatamente nessa mesma ordem. Não exatamente uma palavra completando a outra.

O que eu tenho para dizer é: esse livro me surpreendeu, e no bom sentido. No começo, era tudo muito obscuro. Não conhecíamos nada sobre Christian Grey, e ele já saía por aí enfeitiçando menininhas inocentes como Anastasia Steele. Inocente e completamente louca da cabeça.

Sim. Quem em sã consciência não relevaria uma proposta indecente e totalmente louca de um cara que é completamente obcecado? Pois é. É assim que Christian Grey me parece: um cara louco, obcecado, com mania de perseguir, com um gosto muito peculiar, persuasivo, com traumas de infância, viciado em sexo, mandão e completamente controlador.

E a Ana é a típica personagem que me faz querer agarrar a cabeça e bater contra a parede pelo simples fato de estar disposta a tudo por um cara que nem parece gostar dela de verdade. Confusa, sentimentalista e inocente, é uma personagem com a qual não sei se me identifico ou não.

Quando os dois iniciam um relacionamento completamente deturpado, as coisas começam a clarear - um pouquinho só. Percebe-se que os dois estão dispostos a vivenciarem muitas primeiras vezes juntos: primeira noite de sexo, primeira noite dormindo juntos, primeira noite dormindo juntos na cama dele, e assim em diante. E toda essa intensidade de sentimentos que ambos têm reflete em suas ações e no fato de que gostam um do outro.

O problema é que ele é um sádico. E ela, uma tremenda masoquista. Juntos temos a combinação perfeita do sadomasoquismo, conhecido por um montão de gente. Ela quer mais: mais do que uma noite de sexo, mais do que apenas tocá-lo de forma artificial. Ele, quer machucá-la. Especialmente fisicamente. Sente prazer nisso. É uma necessidade que ele não consegue controlar. Mas também não quer que ela vá embora. Não quer que ela o odeie, mesmo sabendo o monstro que é.

Ambos estão dispostos a tentar um pelo outro.

Mas, talvez, seja algo demais a ser exigido. Para os dois.

O relacionamento inteiro é uma escalada ao topo da montanha mais íngreme seguido de um salto livre de um avião. E sem pára-quedas.

Em todos os livros eu tenho algo para criticar, mas como essa postagem é só sobre o primeiro, vou comentar sobre ele. O livro envolve praticamente o relacionamento inteiro dos dois, seus avanços e retrocessos, o que é um pouco esquisito (por não ter enfoques em outras coisas como trabalho, escola, entre outros). As cenas descritivas de sexo não são nada demais se você lê fanfics com conteúdo restrito. As cenas sadomasoquistas sim são intensas, e talvez até demais detalhadas, mas dão um ar sensual ao livro.

A escrita também não é uma das melhores – mas isso eu também não sei dizer se é da tradução ou não. Não que tenha erros gramaticais ou coisas do tipo, mas ela é uma escrita singela e me remete a todo momento a uma fanfic. Isso não é algo ruim para mim, mas para algumas pessoas que conheço e que leram foi um problema. A única coisa que me incomodou em relação a isso foi algumas utilizações de palavras, mas, como eu já disse, acredito que tenha sido da tradução.

De qualquer maneira, o final realmente surpreende e te faz querer o segundo livro imediatamente. Durante toda a saga há muito avanço entre os personagens – e eu coloquei em negrito porque isso é realmente verdade. Primeiro você começa odiando – ou melhor, não curtindo muito – um cara como Christian Grey, mas a partir da metade do segundo livro você já quer um dele pra você. E isso fica mais intenso na terceira parte também.

Acho que me estendi demais... de qualquer maneira, é uma indicação e eu espero que vocês tenham gostado. Para quem quiser, eu tenho o arquivo da fanfic, antes da história se tornar um livro em si. Ela contempla os livros 1 e 2 (a autora acabou dividindo quando publicou) e muitas cenas contadas do ponto de vista do Christian (ou Edward, como vocês preferirem). Isso é bom porque realmente dá pra conhecê-lo melhor.

Um boato? Ouvi dizer que vão transformar a saga em filme... E eu me pergunto a classificação que vão dar para isso. Nada menos que pornô...

Espero que tenham gostado e aberto suas ideias em relação ao livro!

Até a próxima!



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